quinta-feira, agosto 17, 2006

Nunca é tarde para falar de eleições

Apesar de ser um assunto praticamente encerrado, decidi fazer uma pequena reflexão sobre as últimas eleições autárquicas, realizadas há quase um ano, nomeadamente, as eleições para a Assembleia de Freguesia de Pavia.
Todos nós sabemos o resultado do escrutínio: vitória sem contestação da CDU, não só na freguesia, como em todo o concelho.
Sem querer tirar qualquer mérito à campanha da CDU, esta vitória estava, muito tempo antes da eleição, certa, na mão, no papo, como se diz na gíria. Os de camisola azul nem se precisavam de ter esforçado muito (a CDU, nestas eleições foi, fazendo uma analogia futebolística, o F.C. Porto de Mourinho, época em que os outros clubes, de tão fracos que eram, se limitaram a ver o F.C. Porto a “limpar” tudo). As equipas apresentadas, tanto pelo PS como pelo PSD, eram fracas. Principalmente, em termos de líderes. Não pelas pessoas (que são certamente pessoas integras, e nem sequer é a sua personalidade que está aqui em questão), mas porque eram pessoas praticamente externas ao quotidiano e à vida social da freguesia. Escolher para cabeça-de-lista pessoas que, embora possam ser naturais da freguesia, conhecem pouco a realidade da mesma e, acima de tudo, são “estranhas” ao povo, deu logo 50% de avanço à CDU, que apresentou um “homem da terra”, com décadas de experiência como presidente da junta de freguesia em cima dos ombros, que toda a gente conhece e muitos simpatizam ou admiram.
Ora, numas eleições que se sabe serem mais pessoais do que políticas (podem afirmar o contrário, mas está provado que a maioria das pessoas votam pelos candidatos nas eleições autárquicas e não pelos partidos políticos – casos de Felgueiras, Oeiras, Gondomar e Redondo, só para mencionar alguns), era de extrema importância apresentar candidatos à altura, existentes na freguesia e que não o foram, certamente, por uma mão-cheia de razões.
E assim, deu o resultado que deu. O PS perdeu um dos mandatos para a CDU que aumentou, ainda mais, a sua supremacia na Assembleia de Freguesia. Muitos votaram no candidato mais fiável. Uns quantos mesmo do PS, que não se reviram no “seu” candidato.
Agora, daqui a três anos, os responsáveis das listas rosa e laranja, se querem mesmo fazer frente aos de azul, renovem os plantéis e contratem bons treinadores porque, senão, nem à UEFA vão!

PS: Oh, meus amigos! Cartão do Paviense!? Não havia nexexidade…

4 comentários:

Anónimo disse...

Caros amigos do BlogPavia! Acredito que os factores que apresentam, tenham alguma influencia, mas creio que estão a ser injustos para com "o Homem da terra", cujos meritos vão muito para alem de decadas de experiencia.
E voçês sabem isso perfeitamente.

Anibal Lopes
Mora

Pavia disse...

Sem dúvida! Aliás, este texto era simplesmente direccionado aos partidos da oposição que falaram muito e fizeram pouco.

Anónimo disse...

O senhor tem como que medo do grande Soba, ou melhor, de qualquer comentário que venha desse centro irradiante de sabedoria que é a grande cidade de Mora. "Pavia" não seja tão subserviente e será contrapruducente falar em Oeiras,Gondomar,Felgueiras...E se se pensar em termos demográficos e económicos, daqui a dois anos talvez já nem haja freguesia.

Anónimo disse...

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