Como consequência da quantidade de eventos a que podemos assistir em Pavia, há muito que surgiu na vila, a “Cultura do Copo”. Por “Cultura do Copo”, entenda-se ir para um café “despejar minis”.
A base deste texto não é uma critica à quantidade de álcool consumida pela população, mas sim à pasmaceira cultural que é esta freguesia. Aliás, eu próprio sou adepto da “Cultura do Copo”, e com muito prazer. Contudo, também gostava que houvesse algo mais para fazer na minha terra do que beber bejecas.
A política cultural das nossas autarquias é praticamente inexistente. À excepção de uma exposição, realizada de vez em quando, das festas tradicionais realizadas anualmente, e do torneio de futsal (tive de arranjar um evento desportivo para fazer número nesta enumeração…), pouco, ou mais nada, existe em termos culturais. Não há cinema (apesar de haver espaços para o projectar), não há teatro (idem ao dito anteriormente), não há música (apesar de haver músicos na nossa terra, com bandas e tudo).
Verdade seja dita, que, por vezes, a adesão não é muita ou quase nenhuma aos eventos que são organizados, mas será isso o suficiente para deixarem de fazê-los?Existe uma politica da câmara municipal de combate à desertificação, atribuindo subsídios a cada criança que nasce no concelho. Acho que é uma boa ideia. Mas, onde estão as políticas para manter a população adolescente ou adulta? Em primeiro lugar, o trabalho é muito escasso. Depois, não há praticamente nada para ocupar os tempos livres. As pessoas cansam-se e procuram locais onde possam ter o que aqui não têm. E assim, temos uma população cada vez mais envelhecida. Qualquer dia parecemos uma daquelas aldeias das Beiras, que as televisões noticiam, onde apenas vivem uma dezena de pessoas.
A base deste texto não é uma critica à quantidade de álcool consumida pela população, mas sim à pasmaceira cultural que é esta freguesia. Aliás, eu próprio sou adepto da “Cultura do Copo”, e com muito prazer. Contudo, também gostava que houvesse algo mais para fazer na minha terra do que beber bejecas.
A política cultural das nossas autarquias é praticamente inexistente. À excepção de uma exposição, realizada de vez em quando, das festas tradicionais realizadas anualmente, e do torneio de futsal (tive de arranjar um evento desportivo para fazer número nesta enumeração…), pouco, ou mais nada, existe em termos culturais. Não há cinema (apesar de haver espaços para o projectar), não há teatro (idem ao dito anteriormente), não há música (apesar de haver músicos na nossa terra, com bandas e tudo).
Verdade seja dita, que, por vezes, a adesão não é muita ou quase nenhuma aos eventos que são organizados, mas será isso o suficiente para deixarem de fazê-los?Existe uma politica da câmara municipal de combate à desertificação, atribuindo subsídios a cada criança que nasce no concelho. Acho que é uma boa ideia. Mas, onde estão as políticas para manter a população adolescente ou adulta? Em primeiro lugar, o trabalho é muito escasso. Depois, não há praticamente nada para ocupar os tempos livres. As pessoas cansam-se e procuram locais onde possam ter o que aqui não têm. E assim, temos uma população cada vez mais envelhecida. Qualquer dia parecemos uma daquelas aldeias das Beiras, que as televisões noticiam, onde apenas vivem uma dezena de pessoas.
10 comentários:
Pois é Pois é... Temos este mesmo problema na nossa Aldeia (Ciborro), será um contágio?
Procuro a resposta à varios anos e ainda não encontrei.
Como tenho diversos blogues de temática regionalista, sendo um deles dedicada à minha freguesia, Padornelo, no concelho de Paredes de Coura, Alto Minho, fico sempre surpreendido e satisfeito quando encontro um blogue como este, que é dedicado a uma freguesia. Espero que este blogue tenha longa vida, e desejo os meus sinceros parabéns.
" A polititica cultural das nossa Autarquias, é praticamente inexistente"
" Não há cinema"
"Não há teatro"
"Não há musica"
E o exercicio da Cidadania? e a obrigação que cada cidadão tem, de participar na vida cultural e associativa da sua terra? Não é verdade que para alem de direitos, o cidadão tambem tem deveres?.
É claro que as Autarquias tem a obrigação de fazer o melhor, dentro das suas possibilidades, mas isso não liberta o Cidadão do dever e da solidariedade para com a comunidade a que pertence.
Pavia não tem futebol, quando tem bons jogadores. Não tem teatro, embora tenha palco. Não tem cinema embora tenha sala . Não tem musica, embora tenha musicos.
Quantas terras não gostariam de ter o que há em Pavia.
" casa onde não há pão, todos ralham e ninguem tem razão". A voçês não vos falta pão. Se calhar, falta-vos razão.
Um abraço.
Anibal Lopes
Mora
Sem dúvida o sentido de cidadania é escasso na generalidade da população paviense. Os jovens interessam-se pouco, talvez por não haver ninguém que os faça ser mais interessados. Sem dúvida que temos jogadores de futebol suficientes para fazer uma equipa de futebol de 11, mas os mesmos preferem jogar em localidades vizinhas por razões que não lembram a ninguém (a não ser a eles próprios). Sem dúvida que temos palcos para realizar teatro, até tínhamos grupo de teatro, mas não temos apoios. Sem dúvida que temos músicos, mas, segundo ouvi dizer, há quem ache que “música não é cultura”.
Tenho consciência que Mora, como sede de concelho, “será sempre a primeira a provar do bolo”, ou seja, qualquer coisa nova que surja primeiro é posta em prática em Mora e só depois nas restantes freguesias. É minimamente compreensível. Contudo, muitas vezes, parece que “não sobra nenhuma fatia de bolo” e lá ficamos nós a passar fome.
De facto, só infra-estruturas não chega. Mas ajuda muito.Diria mesmo que é o principal. Pelo menos permite às pessoas tentarem tomar o seu destino nas suas mãos.
O Luso recebe mais que os outros?. Não sabia. Desde que em circunstancias iguais, acho mal.
A musica não é apenas cultura, mas uma das formas mais belas de cultura. A musica faz-nos sonhar, rir, chorar, pensar,reagir e até lutar. Acho que a Camara tambem pensa assim. De tal forma, que vai reabrir a escola de musica.
Quem sou eu para por em causa o que as pessoas de Pavia pensam e sentem da sua Camara, mas penso que é injusto dizer que há discriminação entre as Freguesias. Em minha opinião, a Camara tem distribuido a sua atenção de forma equilibrada e justa, por todas as Freguesias.
Penso que conhecem o que se passa em Ponte de Sor, em relação à Freguesia de Montargil e ao seu campo de futebol, que o clube local cedeu para fazer uma Escola.
Mas aì, não é discriminação. É roubo praticado com a conivencia do Primeiro Ministro da altura.
Um abraço.
Anibal Lopes
Mora
A musica não é apenas cultura, mas uma das formas mais belas de cultura. A musica faz-nos sonhar, rir, chorar, pensar,reagir e até lutar. Acho que a Camara tambem pensa assim. De tal forma, que vai reabrir a escola de musica.
Acho muito bem que a câmara volte a reabrir a escola de música. A música, como diz, é uma das mais belas formas de cultura existentes.
A frase que citei de alguém que achava que "a música não é cultura", segundo sei, já tem uns aninhos e foi dita por alguém da Câmara.
Mas acho muito bem que tenham voltado atrás com a decisão que tomaram há algum tempo, e vão voltar a reabrir a escola de música.
O sr. Aníbal Lopes fala dos direitos de cidadania das pessoas de Pavia a que propósito? Parece que dá aulas de Instrução Primária a esta terra. Quem tem um Pavilhão numa feira para exposições que sendo grande ainda vai ser aumentado?R. Mora. Quem tem uma belíssima Casa de Cultura?R. Mora. Quem transformou a antiga Casa da Câmara numa escola não se sabe de quê?R.Mora. Quem tem um Pavilhão Multiusos, moderno, com 200 lugares, onde poderá haver cinema, teatro e só abre para as recepções da CMM quando, por exemplo lá foi o dr.Sampaio falar e ouvir falar de peixes? Mora. Quem tem 2 escolas primárias de 2 andares fechadas e ao abandono? Mora. Perante isto nem sequer vale a pena responder ao sr. Aníbal. Cumprimentos.
Eu não consigo deixar de gostar de Pavia. Está-me no código genético. Tentarei aqui trazer algumas "histórias" de algumas personagens típicas desta terra, que são do conhecimento de muitas pessoas ainda, felizmente, vivas. As histórias são de terra pequena, mas com o tempero de Pavia, o que as torna desde logo, primeiras no anedotário, diria mesmo que nacional. Sabem a daquele que perguntou numa loja:" Oh sr.Petróleo tem cá lopes?; o homem que pescava bogas e barbos na Praça, fumando o seu paivante e placidamente sentado no seu mocho; o homem que foi às laranjas da Júlia; a história do Record e dos ovos; o Barbaça quando fez as pazes com o " homem mais rico de Pavia"; o inquérito sobre a má-vida em Pavia, mas afinal que não deu em nada porque elas não eram de cá...; o julgamento do frade excitado; o envio de uma mesa, que tais as suas dimensões iria ser despachada pela CP de Pavia para Pavia; oh compadre Diogo espere aí um bocadiiiinhoooo;porque não compram V.Exas um revólver?; e tantas outras tantas. Que saudades! Era o tempo em que a maledicência e as malquerenças não existiam da forma maligna de hoje. É ver o panorama actual! Se Bem Me Lembro, como disse Alguém que foi grande na cultura deste país ou Em Uma Ocasião, como dizia um dos melhores pavienses de sempre. L B.
£
Boa noite, deixo o convite para visitarem o facebook da CONFRARIA dos AMIGOS de PAVIA, que reune muita informação sobre esta vila. Dirão que não é nada,mas até hoje é o melhor que há ! Espero que gostem. Caso queiram contribuir,aguardamos um vosso contacto. confraria.dos.amigos.de.pavia@gmail.com
Grão-Mestre
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