segunda-feira, maio 28, 2007

Aí está a feira (título sem pontuação, porque ainda não sei qual é o estado de espírito com que deve ser encarada)

No fim-de-semana que se avizinha realiza-se a moribunda Feira de Pavia. Parece que andam para lá a renovar o parque de feiras, mas não se iludam porque a coisa será algo do género como existe em Cabeção e nada mais. Para animar a festa vamos ter duas teenagers e uma leoa.

35 comentários:

Anónimo disse...

Venha a Leoa!

Anónimo disse...

Era a Feira! Já se sonhava com o grande acontecimento desde os princípios de Maio. Calhava invariavelmente no 1º Domingo de Junho e era sem dúvida, o maior evento da indústria agrícola,não só do concelho de Mora mas de toda a Comarca de Arraiolos. A importância vinha da vitalidade da economia agrária de Pavia, que reconhecidamente era enorme nos anos 40,50 e 60 do séc. passado. A Feira compunha-se de dois componentes fundamentais: o comércio de gado (o principal) e as mais diversas quinquilharias e o componente lúdico ( circo, carros de choque, saltimbancos e toda a espécie de títeres. Era uma festa, mas ao mesmo tempo um evento que, financeiramente, movimentava, nos anos 50,60 muitas centenas de contos de réis! Pode parecer pouco nos dias de hoje( uns poucos de milhares de euros)mas tem que se entender a inflação e depreciação da moeda. Mas vamos ao colorido. A Feira, fenómeno transversal, atingia todos os grupos sócio-económicos e etários da Vila. Pavia era uma festa! Nos gados transacionavam-se gado ovino, bovino,cavalar, parelhas de mulas, burros para castiçar, burras e toda a espécie de gado miúdo e produtos lácteos. Vinham na véspera dos centros de lavoura da freguesia( Vale del Rei, Caeira, Cré, Vale de poço, Tramagueira, Castelo Picão- do Vimieiro- Casa Branca e de algumas freguesias vizinhas. Um rebanho de ovelhas de alavão com aproximadamente 350/400 chegavam a ser trocados- leia-se vendidos e comprados - por aproximadamente 80/120 contos! Mas mais importante era a venda de borregos. Chegaram-se a transacionar mais de 3,000 borregos num só Domingo de Feira e nos já referidos anos de 50,60. Vinham os maiorais de entrega das herdades respectivas com os melhores safões e samarras, com os seus cajadões como símbolo de um poder de que se sentiam investidos, na véspera, pela tarde. O movimento era grande. Dormiam, alguns, orgulhosamente ao pé do gado, mesmo tendo casa na vila, porque maioral nunca larga o gado.A noite de Sábado saltava os instintos: eram as barracas de tiro, as tabernas ambulantes onde se bebia o belo do copo, barracarias mais ou menos "sérias" onde haviam algumas raparigas mais liberais e outras completamente liberais que faziam " um passe " lá para as bandas dos Eucaliptos ou ali mesmo èm algum ferragial mais recôndito. É ler as histórias contadas por F. Namora, sobre estes amores de uma noite e as inevitáveis juras de amor eterno, entre maganas e malteses! Mas era transversal e, de certo modo, cosmopolita a Feira de Pavia. Apareciam automóveis das melhores marcas com os cromados reluzindo ao Sol de Junho. Era a grande lavoura de fora. Vinham de Estremoz,Évora,Aviz,Coruche.A lavoura da terra passeava-se a pé com aquele sentimento ancestral de posse. Convidavam os automobilistas, invariavelmente primos e amigos para o almoço nas suas casa. Como transversal que era também vinham marchantes no seu simples burro ou mula ou, se mais abonados no seu carro de parelha. Pavia era naqueles 3 dias o centro do Mundo para muitas centenas de pessoas, mesmo milhares. Algumas aves de arribação, este ou aquele carteirista, e muitos, muitos malteses. Ainda na feira de gado apresentavam algumas casa de lavoura,belíssimas vacadas de gado alentejano puro. Aqui o comércio incidia sobretudo em bezerros e novilhos.Também uma que outra eguada, com bons e belos exemplares.A venda de uma parelha, vi eu, demorou a concretizar-se mais de 8, sim 8 horas, entre o marchante aciganado e esperto e o lavrador que não era nada tolo! Temos que nos ater que três circunstâncias concorriam para a grandeza da Feira de Pavia: 1º a posição geográfica,2º a vitalidade económica desta zona naqueles tempose e 3º ser ao mesmo tempo uma festa solsticial( próxima temporalmente ao 21 de Junho- sobre festas solsticiais ver Prof. Jorge Dias e a sua magnífica monografia Rio de Onor). Mas, adiante que escrevo estas linhas à pressa pois o tempo , hoje, impera. As noites de Sábado e Domingo eram uma paródia pegada. Desde raparigas casadoiras que acertavam namoro por esta altura até às casadas que que compravam desde vestuário a toda a espécie de utensilagem para a lida anual. Eram os inevitáveis circos, que chegaram a ser três! e que desde manhã competiam em reclames sonorosíssimos por todas as ruas da bela Pavia, toda caiada e limpa. Eram os carros de som! Anunciavam o maior espectáculo do Mundo: burros que falavam, serpentes da Amazónia com 20 metros de comprimento, mulheres com três pernas, homens que deitavam fogo pelo nariz e comiam duas arrobas de vidro... Nós os miúdos todos críamos, porque queríamos acreditar... E que mal tinha? Havia as inevitáveis diferenças: entre os filhos de lavradores acompanhados por criada grave ou pelo pai( as senhoras não saíam à noite e muito menos iam a um "circo!" e outros amigos de escola e de brincadeiras de rua que iam todos à molhada para lugares mais baratos. Mas todos tinham direito a mergulhar num mundo de magia! Os mais velhos iam até às barracas de tiro, onde com prosápia mandavam umas chumbadas a uns bonecos de pau em troca sabe-se lá de um olhar de uma qualquer fatal Carmencita, que também eram muitas as espanholas que vinham a Pavia no tempo da peseta a 3 tostões! Nada de especial e como parecia a todos serem os reis do Mundo! O barulho, as cores, as desvairadas gentes ficaram-me na retina para sempre, nos meus já 40 e muitos anos... Ainda estou a ver, a ouvir! Tenho uma esperança quanto à Feira: que não se transforme numa dessas feiras de plástico que para aí pululam e que não passam de montras de vaidades! Deixem a velhina morrer em paz. Enquanto fumo mais um pensativo cigarro (Eça) vejo a fumaça elevar-se e desaparecer placidamente... E ainda havia sempre episódios picarescos na Feira. As histórias do Loas e, inevitavelmente, do Barbaça. Umas bebedeiras de vinho tinto e branco acompanhados por uns sopapos que acabavam também em festa na cadeia da praça. Para segurança dos consumidores que aí as curtiam,na paz dos anjos... E, já me esquecia, haviam palhaços- o momento sempre esperado pela miudagem..Vi crianças a chorar de alegria perante os mutetes desses artistas do mais nobre espectáculo do Mundo. Eram verdadeiros Popovs! Recolhia a casa ,já noite, nos braços de criada amiga, enquanto os meus 2 irmãos , mais velhos ainda rezingavam e atiravam uma que outra pedrada para uma travessa mais estreita ou escusa...Vinha aí o João Pestana. Pena tenho eu que Fellini não tenha vindo a Pavia por esses dias...Estou convencido, ainda assim, que Fellini,porque rodou Os Palhaços, esteve em Pavia, com toda a certeza, nesses dias de feira. Na segunda-feira seguinte era a debandada geral. Acabava-se o sonho e o real tudo submergia. Até as velhotas pareciam que fechavam as portas com mais força e acrimónia. Tinha caído o pano. No Rossio, um rapazito perante um que outro confetti ou resto de trapo colorido que esvoaçavam no enorme recinto, perante as aragens de Junho, deixava cair a inevitável lágrima.A Feira tinha acabado. Bhártolo.











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Anónimo disse...

Parabéns Bhártolo pelo bom e belo retrato da feira de Pavia. És decididamente um Pavia-dependente! Para ti, meu caro amigo, e na tua linguagem Felliniana, que não felina!, a Rua Grande de Pavia será quase a Via Venetto e aqueles tempos, decididamente La Dolce Vita! Um abraço. Kotter.

Anónimo disse...

Parece que estava lá... Muito obrigado Bhártolo pelas imagens dos dias de Feira de Pavia. Desde já aceito o combinado com o K. e com outros amigos e amigas para bebermos umas loiras de 1/2 litro ou aquilo que bem nos apetecer, na Feira, no próximo Domingo à tarde. Ainda tens que contar outra vez as histórias do Cagaitas dos Barros. Um abraço e telefona. L.V.de M.

Anónimo disse...

Lá estarei amigos. Eu bebo canecas de 1 litro e bastante geladas. Com mais 12 anos de idade que o Bhártolo, também me parece que estava lá. Ainda me lembro de no mercado do gado os burros serem segregados para o lado nascente. Ouvi conversas de negócios a ciganos que demoravam 4 ou 5 horas até que se vendesse a bestinha. Os burros até tomavam banho e era um verdadeiro trabalho de artista como escamoteavam quaisquer defeitos dos asnos. Ó Kotter estou também convencido que, a Rua Grande de Pavia, era por aqueles dias uma verdadeira Via Venetto ou a Broadway. C.A.M.

Anónimo disse...

Realmente fiquei de boca aberta com esse comentário muito descritivo da Feira Anual de Pavia, sinceramente gostava muito de vê la dessa forma pois nunca a vi assim...
E era um espectáculo...
Mas tudo desaparece...

Anónimo disse...

Amigo Kotter: quando estivermos nas cervejas fica prometido que não se fala em política nacional. Toma bem atenção a este ponto. L.V.

Anónimo disse...

Está prometido. Como sabes L., quando se está à mesa não se fala de , vamos lá, estrumeiras. K.

Anónimo disse...

Caro Bhartolo!
Já temos tido alguns arrufos virtuais. Coisas normais entre pessoas de convicções diferentes. Mas isso não me impede de reconhecer o valor poetico da sua memoria descritiva, e do amor que o Senhor tem pela sua terra.
Creio que esse pedaço de História viva, benificia do seu poder de narração, e merece claramente ir muito para alem da comunidade cibernauta de Pavia.

Anónimo disse...

Ouvimos dizer. Que já se dirigem para a Feira de Pavia, os ministros Mário Lino, Manuel Pinho e Teixeira dos Santos. Vêm também a sra. arquitecta Roseta, os drs. José Sá Fernandes e o amigalhaço Francisco Louçã bem assim como os senhores Almeida Santos e Manuel Alegre. Do que vêm cá fazer podemos só imaginar, porque certezas,certezas não as há.Mas que enriquecerão o certame de Domingo, a ser verdade a viagem,lá isso é verdade. Isto foi-nos dito ontem, em Santarém, que está também em preparos de feira, por um indivíduo aciganado, de bigode de guias, calças amarelas e botas de tacão alto, que, escrupulosamente, palitava os dentes. Enquanto isto dizia, olhava vagamente para a lezíria e para todo aquele verde, enquanto balbuciava qualquer coisa como: com a m***a do aeroporto da Ota vai-se perder muita pastagem! Não nos interessam estas considerações de avaliações ganadeiras. Mas o que virá a referida "colecção" fazer, num dia que se adivinha quente, à Feira e logo pela fresca...Hummm... Que sejam bem recebidos, que nós por cá todos bem. É que não há misturas! K.

Anónimo disse...

Kotter, Kotter... Já estás a imaginar muito! Vê lá se amanhã na feira te portas bem e não te embebedas! Que não te dê para fazer umas décimas afadistadas! Pelo que dizes anteriormente, não compreenderás tu o dever que tens em portar-te bem em frente de tantos senhores? L.V.

Anónimo disse...

##### Notícia FLASH ##### Mais 700 milhões de euros que deram o cavanço para as algibeiras de alguns. Pedimos aos srs. da G.N.R., que, se apanharem amanhã algum carteirista na Feira de Pavia, que o deixem ir em paz. É que estes, os carteiristas, roubam migalhas para beber um copo e já estão velhos, e , na maioria dos casos já lhes tremem as mãos para o "passe mágico". São até pitorescos na Feira!#######

Anónimo disse...

Temos aqui alertado amiudadamente a C.M.M. para o estado de calamidade pública em que se encontra a estrada da Malarranha. E não é que, logo ontem, por azar , tropicou na referida estrada , lá para as bandas do Vale del Rei, num barranco quase lunar, uma burra velha que vinha para tentar ser vendida na Feira! Tropicou, partiu a perna! A desvalorização do animal calcula-se em mais de 500.000 réis! Ora está desconsolado de todo o marchante! O bom do homem que é espanhol e que vinha de Mérida, está inconsolável. Só prejuízos. Não poderá algum veterinário caridoso ou um curioso qualquer socorrer o marchante, quero dizer, a burra, encanando-lhe a perna? Associação de ideias: tropicou, Trópicos, Os Tristes Trópicos. P.S. A burra está a convalescer na cavalariça do monte do Vale dEl Rei, com grandes pançadas de feno, palha e cevada tudo isto acompanhado de grandes caldeiradas de água fresca! Encontra-se melhor. Poderá talvez, juntar-se aos seus iguais amanhã, na Feira, e ser vendida numa récua com destino ao Casaquistão, digo eu! Onde não causará praga ou dano! E onde terá melhores estradas por certo, e, quiçá algum aeroporto à sua espera. A burra pode ser visitada na referida cavalariça no seguinte horário: das 9 às 12h e das 14 às 19h. É necessária a apresentação de senha a adquirir no guichet dos Serviços de Engenharia do referido Monte. Tarifas: até 6 anos-grátis. Mais de 65 anos - grátis e é fornecido um cartão de idoso para passear por toda a herdade , que embora não esteja certificada "biologicamente" dizem apresentar os melhores índices de ar saudável da Freguesia! Restante pessoal- 5 euros. Já me esquecia: as pessoas que provarem ser familiares da Lola, assim se chama a burra, têm entrada gratuita! É conveniente ir já porque os nossos serviços não dão vazão a tanto pessoal desde as 5h da manhã! Até me faz pensar que lá está instalado um daqueles Centros de Saúde! Desculpem tanta burocracia mas o Val dEl Rei está em Portugal. Deve ser isso. E acautelem-se os que passarem, ou quizerem passar a mão pelo pêlo do animal. É que ela já dá coices! K.

Anónimo disse...

Fiquei deveras espantado com a descrição da feira que li atrás. Fantástica. E para quem, como eu, leu o Namora, confesso que fiz a imediata analogia. Até eu, que sou um pouco mais novo, me recordo de esse fim de semana da feira ser muito especial, havia muito movimento na terra. Este ano, como fui a Pavia de fim de semana, aproveitei e fui também ver a feira. Já há alguns anos que não o fazia, mas todos os anos me descreviam como tinham sido. Confesso que me espantou muito a situação actual, e sente-se sempre uma grande, enorme nostalgia. Pese embora o facto de a Junta de Freguesia ter arranjado o recinto e de possibilitar melhores condições. O problema é que não consegue fazer pessoas...

Anónimo disse...

Notícia Flash##### Nas eleições em França, ontem, para o Parlamento, a Direita obteve 340 dos 600 lugares em disputa. O Partido Socialista ficou-se pelos 230 lugares. A ter em conta que, o Partido Comunista Francês e a extrema-esquerda não se estrearam. Nem um lugar! Consta que A Internacional, cantada tão galhardamente pelo pessoal da foice, vai ser substituida pela Marcha Fúnebre, de Chopin.Estão a acabar, além Pirenéus, Os Amanhãs de Sol...Por cá "isto" também anda bastante entroviscado, com trovoadas pelo S.João e grandes caldeiradas.##########FLASH. Kotter.

Anónimo disse...

Muitos nos têm contactado para manifestarem o seu interesse pelo estado de saúde da burra Lola. Essa mesmo, a que está na cavalariça do monte do Vale del Rei. A que partiu a perna na estrada da Malarranha quando passava a caminho da Feira e encontrou no "asfalto" da via buraco qual Gargântua! Está boa e recomenda-se. Está é a ficar muito cara,aos que tão generosamente a acolheram. Aquilo são fardos e fardos de palha, alqueires e alqueires de fava e cevada... Ora a burra, pois, com este tratamento e condições não quer largar o "tacho" do Monte. Que não, que está muito bem onde está, que só lhe querem mal e são uns invejosos...quererem mandá-la de novo por aquele caminho de cabras que é a estrada da Malarranha´que é uma grande maldade...(!). Conversas da burra que nos chegam através do Jornal do Vale del Rei( publicação quinzenal- 50 euros de assinatura anual). Quem estiver interessado em ser assinante faça o favor de se dirigir aos Serviços Técnicos do referido Monte. Horário das 9 às 12h e das 14 às 16. Ao fins de semana estão encerrados para descanso. É necessário ir ao Monte tratar da assinatura porque este quinzenário não se distribui pelas portas! Não! Até vai ter em breve um correspondente permanente na capital do Concelho. Ainda falando da burra Lola: os fardos de palha parecem-nos o IVA e o IRS que tão escrupulosamente entregamos ao Erário Público: a horas e, como dizia o outro, basta muito! E querem saber de mais uma mania da burra? Está vaidosa e até já entrou num documentário feito há pouco tempo para as bandas daquela herdade! e ainda não bastando tudo isto, quer, exige, implora que os seus filhos, tios, marido, outros familiares e amigalhaços venham todos para o Vale del Rei! Todos para o tacho. O que começou por ser uma obra de caridade dos proprietários está transformado num desastre financeiro! do ponto de vista de rações e também racional. Quem trata amoravelmente da burra Lola chamou-lhe por um destes dias: SUA GRANDE VACA!Vaca não,burra! respondeu a Lola, ofendida no erro biotáxico.Enfim, dizemos nós, vaca ou burra eterno dilema! Mas aquilo é tudo fingimento! Tratador e "tratada" são muito, tu cá tu lá, e estão gordos que nem abades!( Aquilino Ribeiro). O quinzenário do Vale del Rei, na próxima semana, estará na banca de jornais mais próxima de si!Manifestações do actual progresso! Kotter.

Anónimo disse...

O quinzenário referido no comentário acima tem por título- Jornal do Vale del Rei. Tem uma direcção colegial mas com um, como que dizem espécie de director(alusão intelectual aos Gatos Fedorentos!). A redacção é, podemos dizê-lo,tirada à nata do jornalismo nacional e internacional, assim com um estilo de The Daily Telegraph e The Times de Londres. Também tem uns toques do The Washintong Post ( aquele que descobriu o "Watergate" e derrubou o Nixon, esse mesmo!). Ainda sofre de pinceladas de um jornalismo mais BBC que CNN.Não tem nada a ver com o tipo água benta e morna da Rádio Renascença...o estilo é a atitude, em suma. Vai ser impresso pelas empresas tipográficas da Universidade de Coimbra e pela Fundação Gulbenkian. Tem fins lucrativos. Ou melhor vamos tentar ficar com os bolsos atestados com a sua feitura. Com o preço de capa e a publicidade já estão garantidas somas bastante elevadas. Não esqueça no próximo sábado: O Jornal do Vale del Rei. na banca mais próxima de si. Bhártolo.

Anónimo disse...

Ainda o Fluviário de Mora. António Mega Ferreira fez um rasgado elogio aos autarcas de Mora na revista Visão no seu nº de 14/6/2007, quanto à feitura deste empreendimento. Conheci muito esporadicamente António M. Ferreira, no Bar Procópio dos sempre saudosos Alice Pinto Coelho e do excelente barman Juvenal. Eram os anos de 80. A conversa foi de mesa para mesa, talvez durasse 10 minutos. Naqueles anos e naquele bar que não frequento há muito, havia como que várias "tertúlias". A minha mesa e dos meus amigos não se diferenciava especialmente das outras. O whisky era bom, corria bem ao som de música dos anos 20 e nós pagávamos os líquidos escrupulosamente. Era um bar frequentado, por assim dizer, por pessoas fortemente marcadas politicamente ou que o desejavam vir a ser. Outros eram desconhecidos que procuravam uma "aberta". As ideologias tinham todos os matizes: da extrema-direita possível até um capitão de Abril. Na minha mesa, não havia misturas; só uma que outra exaltação mais etílica, própria destes ambientes. A. Mega Ferreira penso que nos idos de 80 ainda não tinha qualquer lugar importante na nomenclatura socialista, ao tempo soarista. Vi esporadicamente A.M. Ferreira na televisão e na sua ascenção como membro do establishement "cultural" do actual regimen. Esteve fortemente ligado à Expo98 com um lugar público e penso que altamente remunerado. Hoje é, salvo erro, director do Centro Cultural de Belém e classificado como gestor cultural. A. Mega Ferreira será uma boa pessoa e culto, segundo se diz. Pareceu-me naqueles anos de 80 bastante informado e com um apurado sentido de oportunidade. As conversas e as pessoas conheciam-se naquele pequeno espaço. António M. Ferreira, hoje, é um membro do establishement cultural de Lisboa e do regimen que tão generosamente nos governa. Nada mais. Nunca aprendi nada com A. Ferreira e desconheço qualquer obra cultural sua. Erro meu concerteza. Também não leio a Visão(hoje a título excepcional comprei-a devido ao "boca-abertismo" da blogosfera de Mora). Revista sem história. Já tenho idade para maiores exigências. Agora o argumento de que o Fluviário de Mora é obra de mérito e valia porque A.Ferreira assim o disse, assim o indicou, é uma prova de menoridade e incapacidade intelectual para a análise da bondade do Tanque de Mora! Se tiver méritos o tempo e o bom senso o dirão. Ou precisará a Edilidade Morense destas muletas para justificação das suas obras? Eu sei que se gosta de aparecer em escaparates. É natural. Eu não vou por aí. Ainda no artigo de Ferreira este faz alusão a uma "visão ambiciosa de vir a acolher no seu(?) concelho um aquário". Ambição esta que lhe terá sido comunicada pelo presidente da Câmara de Mora,sr. José Manuel Sinogas. Fez-se o Aquário com dinheiros públicos, num concelho quase miserável. Querem agora os srs. Ferreira,Sinogas,arquitectos e biólogos que lhes agradeçamos, de chapéu na mão tão benéfica obra? Eu não vou por aí! Aliás são-me perfeitamente indeferentes as opiniões das pessoas e revista citadas. O cansaço pela análises de mediocridades há muito que não ocupam o meu tempo. Além de não dobrar a cerviz e de não fazer fretes. Bhártolo. 19/6/2007

Anónimo disse...

Custa um bocado ver que há pessoas que só pensam em criticar. Tudo o que se faça é errado, é desperdício, é mal feito, é despropositado, é extravagância e vaidade, enfim. Se vai para a direita, não devia ir. Para a esquerda, vai mal. Para a frente, nem pensar. Para trás, é retrógrado. Para cima, é absurdo. Para baixo, é atraso de vida. Fica no mesmo sítio, é o cabo dos trabalhos. Muita coisa se tem feito, mesmo assim! O Concelho não ía melhor com esta gente que só diz mal a comandar. De certezinha absoluta. Hoje vou usar um nick: Iron Maiden

Anónimo disse...

Este Bhartolo, é de facto um misterio. Parece ser um Homem culto, com conhecimentos em todas as areas da ciencia, que infelizmente, apenas usa para dizer mal de tudo e de todos. Principalmente o que cheira a Mora.
Caro Senhor, se V.Exa é portador de tanta sabedoria,e eu acredito que sim, porque não a põe ao serviço do bem fazer, em vêz de da maldicência?.
Bem ou mal, a Cãmara faz debates publicos, as assembleias do Municipio são publicas. Apareça e diga de sua justiça.
Mas se a sua supreoridade intelectual, é assim tão sublime que não lhe permita misturas, não precisa de vir prá qui chatear os simples mortais.
Para o Senhor saber quem se lhe dirige, dir-lhe -ei que sou um simples Homem do Povo, sem estudos, mas com o coração cheio de gostar das coisas, e das gentes.

Pinja

Anónimo disse...

##### Sugestões para leitura: Auschwitz, 60 ans après; de A. Wieviorka. De P. Warner, World War One- A Chronological Narrative. E ainda de K. Fant, Alfred Nobel- A Biography. ###### Leia. Quem lê sabe mais. Ler faz bem!#####Bhártolo. 12/7/2007.

Anónimo disse...

Ficamos a saber que para alem de Inglês, o Sr. tambem fala Fracês.
Será que tambem toca piano?.

Anónimo disse...

###### Proteja-se dos raios U.V. quando estiver ao sol. A incidência de melanoma, neoplasia altamente maligna, aumenta com exposições prolongadas e sem uma boa protecção.#####Kotter. 13/7/2007.

Anónimo disse...

Tem toda a razão... mas espero que o sr. não seja vendedor de protectores solares, e esteja a aproveitar abusivamente este espaço, para fazer pub.

Anónimo disse...

Com este tipo de comentários não se está a trazer nada de novo nem de benéfico à terra, antes pelo contrário. Ao invés de tentarmos melhorar e dar uma imagem de alguma qualidade daquilo que é nosso, estamos a dar uma imagem muito pimba. Aqui há alguns anos houve um senhor de Arraiolos que me disse, em tom de admiração, que Pavia era das terras do distrito que maior percentagem de rapazes tinha a estudar no ensino secundário e superior. Eu fiquei deveras espantado com tal facto que ele afirmava, coisa que eu de facto não sabia, e sou paviense!! Isto foi em 1987, salvo erro. Este é só um aspecto que eu queria aqui deixar, numa perspectiva da imagem que transmitimos para o exterior que pode revelar aquilo que se passa. Neste momento, qual será a imagem que transmitimos? Passamos da freguesia mais respeitada à mais desprezada!?! Acho que a imagem que damos da nossa terra revela aquilo que somos, e se queremos ser respeitados temos que nos dar ao respeito. Mesmo virtualmente escondidos por trás de nick's ou anónimos, é a imagem da nossa terra que está em jogo, e disso somos todos rsponsáveis, a não ser que sejam os próprios a quererem transmitir essa má imagem, ou até que sejam outros infiltrados que nos querem prejudicar.

Anónimo disse...

Está a falar dos #### ou dos outros? Provavelmente dos dois. Mas olhe que se é certo que pouco terão a ver com os objectivos do blog, não é menos certo que as informações são boas, e as humoristicas respostas são inofensivas, e que não ofendem ninguem.
Não vejo aqui nada que faça cair na lama, os parentes Pavienses.

Anónimo disse...

##### Ouço no Telejornal e quase que não acredito. Uma professora, creio que da região norte, sofre de cancro na mama, cancro no útero e cancro na laringe( aí mesmo onde estão instaladas as cordas vocais, aquilo com que fala e ensina os alunos!). Pois esta senhora foi considerada apta, por uma junta creio que de licenciados em Medicina, a dar aulas! Sem mais comentários. Tenho contudo que concluir que este regime de Abril para além de se esforçar por mostrar a sua estupidez nata, o que seria desnecessário observando o panorama geral deste Portugal, tem também uma grande quantidade de canalhas nas suas fileiras. Kotter. 14/7/2007.

Anónimo disse...

Amigo Kotter: então amanhã, em Lisboa, também vais brincar aos papelinhos? Não te estou a ver a brincar com papeluchos! Tu , com a tua lata só se fôr para fazer um barquito de papel " com o papel das cruzes".Quanto ao post de cima, força amigo. Um abraço do L.V.14/7/2007

Anónimo disse...

##### Os lisboetas não votaram. Perante a escolha apresentada...###Kotter. 19:12- 15/7/2007.

Anónimo disse...

Votaram sim senhor. O diácono Louçã já atingiu o tão almejado poder. Está tudo na cartilha marxista-trotsikista. E agora sr. pastor evangelhista? Vai um ministério? De preferência o das Finanças ou Economia, digo eu. O sr. como homem universitário que é, já se apercebeu do tédio que provoca? Porque não viaja até à Coreia do Norte durante uns meses ou até muitos anos? Sugestão amiga. Cónego Justino.

Anónimo disse...

Este ano não houve Feira? Estranho...

Anónimo disse...

Então e a feira de Pavia? Acabou?

Anónimo disse...

£

Anónimo disse...

!!!

Anónimo disse...

$$$$$$$$$$